O que significa desenvolver Gestão Democrática em escola?
Bom, está lançado o debate. Agora pode expor suas idéias e conhecimentos. Zé Mário

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Escola democrática


Eu fico pensando (pensei o semestre inteiro) no que seria gestão democrática pra mim. Cheguei à conclusão de que não há uma resposta pronta, e nunca haverá (ainda bem). Uma escola democrática pra mim é um espaço de construção e reconstrução do conhecimento, formada por professores/pesquisadores... E o resto... construímos juntos!
Mari Sokolonski
Na foto: eu em cena (e que todos quebrem a perna).

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Gestão Democrática

Há falta de clareza quanto ao conceito de gestão democrática, porque, tanto nos espaços formais da instituição, como nos espaços informais, percebe-se que há um consenso quanto ao desejo de participar das decisões. O consenso se rompe, no entanto, quando a questão é assumir as responsabilidades destas decisões, pois fica evidenciada a idéia de que quem assume as responsabilidades das decisões é a direção.
È preciso conciliar democracia, liderança, autoridade, confiança e competência, na tentativa de administrar o trabalho de cooedenação de tal forma que ele contemple as expectativas advindas dos vários segmentos da escola, tendo como eixo central nosso comprometimento profissional calcado na ética e na confiança que nos é depositado.

Um diretor define sua gestão como democrática, porque, segundo ele, permite que os integrantes da comunidade escolar opinem sobre as questões da escola, dando sugestões ou participando das deliberações;
Um corpo docente que se divide ao definir a gestão da escola. Alguns, caracterizando-a como democrática, e outros, caracterizando-a como não democrática. Ambos os grupos argumentando a partir da possibilidade ou não de participação nas tomadas de decisão.

Percebemos que ainda há muito o que evoluir para de fato chegarmos a ter verdadeiramente uma gestão democrática, a começar por mudar a sociedade. Cada um fazendo a sua parte através das nossas ações. Como disse Leonardo Boff "Nossa função é ajudar a identificar a verdadeira natureza. Não só com palavras nem apenas com conceitos. Mas mediante a própria vida e o modo de agir".

Stéfanie Oliveira

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Alguns pontos discutidos em sala sobre gestão democrática

Como fazer:
- para se fazer a gestão democrática, devemos absorver a idéia da multiculturalidade (visão de aceitar o outro; respeitar o outro e de aprender com o outro).
A problemática de aplicacação da gestão esta:
- em transformar os interesses individuais, em interesses coletivos.
Objetivos:
- o gestor tem o objetivo de buscar uma gestão participativa, ou seja, o poder do gestor não tem que estar centralizado somente em suas mãos, mas sim compartilhado com as pessoas envolvidas no processo educativo.
Conceito:
- gestão democrática é uma forma de gerir, num ambiente aberto a decisões e ao desenvolvimento do conhecimento; que dá liberdade ao estudante na descoberta de suas potencialidades; que envolve a comunidade, corpo docente e alunos; que faça uma remodelagem curricular de acordo com as reais necessidades do aluno e que as atividades escolares acontecam de forma prazerosa.
O currículo democrático:
- envolve as relações pessoais até a prática escolar.
Os pressupostos para a atividade do gestor são:
- planejamento, organização, direção, coordenação e controle.
Onde a gestão deve ser aplicada:
- em qaulquer espaço seja ele: político, econômico, cultural, social e educacional.
O que é ser gestor?
- é aquele que negocia, não impondo suas idéias, mas sim reconstruindo-a com ajuda do outro.
Valores que fundamentam a gestão democrática:
- autonomia, participação e democracia.
Desafio para a constituição do órgão gestor da educação segundo Ana Luz - texto formação de gestores educacionais: desafios e perspectivas, 2006- está em: tentar modificar as estruturas de poder verticalizados, relações de dependência em relação a outras instâncias do poder municipal, prática autoritárias e possibilidades limitadas de participação, além de profissionais pouco qualificados para o desempenho das funções precípuas desse órgão e para a implementação de um novo padrão de gestão. Isso cabe, aos orgãos dirigentes construirem relações democráticas que possibilitem a integração e a articulação entre todos os membros da equipe do órgão gestor, para garantir a coerência entre as ações desenvolvidas, evitando a superposição ou confusão de papéis e de tarefas e, com isso, eliminando áreas desnecessárias de atrito entre os profissionais. Logo, a implementação de uma gestão democrática é muito mais complexa do que se pensa, pois não basta só reunir toda a gama envolvida no processo educativo, mas sim trabalhar de forma cuidadosa para que a construção da gestão aconteca de modo linearidade e não mais de verticalizado.
Elma Barreto

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Algumas reflexões!!!

Aplicar uma gestão democrática numa instituição escolar significa dar liberdade e autonomia para que, de forma coletiva, cada participante possa opinar e expor suas idéias. Para que haja êxito nesse processo se faz necessário que, educadores, educandos, funcionários, pais e comunidades estejam envolvidos, cada um sentindo-se responsável pela transformação de estruturas curriculares que tenham como principio a disciplina, a qual é fruto da manipulação do poder. Essa é minha reflexão baseada nos textos lidos e nas discussões em sala.
Bjoss para todos!!
Monique Nogueira
Após a leitura e discussão da coletânea “Educação Básica: Políticas, Legislação, e Gestão - Leituras” refleti sobre os seguintes pontos:

TEXTO: GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA
1- Quanto as formas mais conhecidas de gestão, acredito que a administração não é válida, já que nela se estabelece uma relação dominador x dominado, uma hierarquização totalmente vertical. Ela não pode ser aplicada no espaço escolar, já uma instituição de ensino requer a participação de todos no processo educativo. A meu ver, deve se iniciar um processo de co-gestão, onde há um líder no processo de condução das ações, sendo que esse líder é flexível e toma decisões a partir de discussões e reflexões com todos os envolvidos no processo, escutando o ponto de vista de cada um. Com o exercício da co-gestão, o ideal seria se chegar, naturalmente, a uma autogestão, na qual os indivíduos da instituição não agem para obedecer alguma autoridade, mas por convicção de que o que estão fazendo é o melhor para o bem comum. Entretanto, diante do mundo em que vivemos, ainda considero a autogestão uma utopia.
2- O autor o texto, José Dias, algumas vezes se contradiz, pois, ao mesmo tempo que defende uma gestão democrática (co-gestão), ele nomeia o diretor da escola como um administrador que deve ter controle sobre o seu grupo de comando. Isso realmente seria uma gestão democrática e participativa?!
3- Observa-se no texto, a importância de um trabalho planejado e inovador para se desenrolar o processo de ensino-aprendizagem, envolvendo toda a comunidade escolar (pais, alunos, professores e funcionários) para a construção do mesmo. “A participação do grupo na tomada de decisões é a garantia de maior identificação de todos com o trabalho a ser realizado. Fica mais fácil conseguir a adesão e o entusiasmo de professores, funcionários e alunos para um programa de inovação adotado pela escola quando todos sentem que se trata de um projeto em que cada um pode dar alguma coisa de si.” (DIAS, p.225).

TEXTO: PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NA ESCOLA
1- A autora, Anita Martelli, já inicia o texto com uma questão que concordo plenamente: distância entre o que se aprende na escola e a realidade do aluno. E como os alunos irão querer participar de projetos e conteúdos que não lhe interessam? É necessário se criar um espaço livre para a produção de conhecimento por eles próprios. Assim, a aprendizagem torna-se muito mais significativa para o educando.
2- Uma gestão não democrática resulta na inibição da criatividade e na formação de cidadãos passivos e submissos ao sistema hegemônico.
3- A criação de um Conselho Escolar é um grande passo para a instalação de uma gestão democrática, já que no mesmo estão presentes representantes de segmentos da comunidade escolar e se discute inúmeras e diversas questões sobre o processo educativo. Contudo, para que decisões coerentes e democráticas sejam tomadas no Conselho de Escola, cada ramo do conselho deve formar o seu próprio conselho, para quando chegar no conselho maior, expor a síntese reflexiva de todos. Mas não é fácil criar um Conselho de Escola, pois nem todos conseguem enxergar a importância do mesmo. “A existência de Conselhos Escolares é, indubitavelmente, um dos canais eficientes para a viabilização da expectativa de participação da comunidade escolar e não-escolar na gestão das escolas. No entanto, a forma preconizada para composição, o tempo de permanência dos participantes como membro do conselho, a pouca disponibilidade dos professores, a falta de preparação para participar por parte dos alunos e pais têm impedido o êxito desse órgão.” (MARTELLI, p.231).
4- A autora traz informações de leis que tentaram integrar a comunidade à escola, entretanto, depois de muita demora, apenas a LDB/96 enfatiza, de fato, as relações da escola com o meio social, ou seja, a comunidade. Antes era tudo muito vago em relação a gestão democrática nas escolas.

Em ambos os textos, aparece a importância da construção democrática de um projeto político pedagógico na unidade de ensino. Um PPP preocupado em educar/formar cidadãos críticos, capazes de exercerem a sua cidadania.

Veronica

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Democracia e construção de identidades


"Nossa escola é branca, eurocêntrica e machista!", assim já me dizia uma certa professora!

E hj me pergunto: quem (s), para que, quando e por que fez (tranformou, reformulou, desconstruiu, contruiu) a escola assim? E ainda mais: o que essa escola faz?

Essa última pergunta é o ponto de partida para a construção das minhas reflexões no decorrer da disciplina: o que a escola, como temos hoje, faz com os seus estudantes? E o que, possivelmente, a escola democrática fará?

Como já diz Alfa, essa é uma "viagem muito mais filosófica"!

Vivemos hoje bombardeadops por informações, por culturas... as expressões da vida humana na terra nos soltam aos ouvidos, aos olhos, aos narizes, às peles! E o que a escola faz ao receber esse enorme número de informações, de culturas, de visões, em forma de sujeitos (estudantes, professores, funcionários, pais, vizinhos)???? Tenta colocar tudo num frasco só e procura normalizar a coisa, partindo sempre da existência e da influência de uma cultura "hegemônica".

Ai tu me pergunta: e onde entra a tal gestão democrática? Bem colega, essa é uma questão de foco!

Como já debatemos antes, a gestão democrática se caracteriza, principalmente, pela transformação da escola em uma esfera pública, aberta à participação popular e marcada pela construção coletiva. A escola se torna, então, um espaço de crítica importante, no qual as possibilidades de interpretações das questões são vistas das mais variadas óticas (aquelas que até então eram silenciadas).

Bem, imagine o que significa trazer o debate sobre a diversidade para a escola democrática? E, muito mais, transformar esse debate em um conhecimento que, além de escolar, se configura como um conhecimento cultural e social?

Isso significa possibilitar que o sujeito se reconheça como tal (o self) e na sua interação com a totalidade (o social). Teríamos, então, a construção da tão debatida "responsabilidade social" e do sujeito autônomo. Isso significa tb passar de um ambiente monocultural, para um espaço onde a intraculturalidade se faz presente e celebrada.


Bem, bem, bem....

Como eu acredito que não há mudança na escola sem que seja debatido o currículo (o local onde tudo acontece, segundo o Antonio Flavio Barbosa Moreira), deixo aqui uma boa dica para a nossa manhã ociosa de terça-feira:



Seminário na Faced discutirá currículo e diversidade

A Faculdade de Educação da Ufba (Faced) sediará no próximo dia 27/11 o Seminário “Currículo e diversidade: Tensões e superações no contexto da prática pedagógica”, promovido pela turma 2007.2 da Disciplina Currículo (EDC 590), ministrada pelos professores Roseli de Sá e Roberto Sidnei Macedo, do programa de pós-graduação. O seminário tem por objetivo disseminar entre a comunidade as reflexões produzidas durante as aulas no semestre por professores e os alunos da disciplina. “O objetivo é que o seminário ao produzir o debate sobre questões norteadoras no campo do currículo, possa oferecer contribuições a todos que dele participem”, adianta o doutorando José Carlos Oliveira, representante da turma.
O seminário ocorrerá durante todo o dia 27, dividido em duas etapas: pela manhã, das 8 às 12 horas, destina-se à apresentação de trabalhos dos alunos da disciplina, a partir de reflexões sobre as seguintes temáticas: 1-Diferentes linguagens no currículo (linguagem corporal Educação Física na Escola; Cultura científica e Cultura e tecnologia); 2- Cultura e atos de currículo (questões da cultura como dispositivo de formação (Embate de tribos, O professor e a diversidade na sala de aula e Formação em saúde ABP); 3- Multiculturalismo no currículo Conflitos étnicos e religiosos e a Lei 10.639).
À tarde será a vez da participação de palestrantes convidados, conforme a seguinte programação: 14:00 – 16:00, mesa redonda Currículo e diversidade: tensões e superações no contexto da prática pedagógica, tendo como debatedores os professores Teresinha Fróes Burnham e Roseli de Sá, da Faced, além de Roberto Carlos Vieira, da Uneb/Ucsal. Haverá, ainda, exposição de pôsteres dos alunos, das 16h20min. O evento será encerrado às 17h30 com a entrega de certificados. Maiores informações através do e-mail
curriculonapos@yahoogrupos.com.br.

Rosa Meire C. de Oliveira (postado na site da Faced)



Um cheiro para todos!

Isis Ceuta
OBS.: Quer saber mais sobre a fotografia postada??? Aguarde...

Liberdade X Autoridade

Outro tópico (só pra variar, rsrs).

Liberdade na educação não significa deixar as crianças fazer o que quiserem o dia todo. A disciplina e a autoridade devem estar presentes, porém deve-se saber até onde esses elementos devem atuar. Porém, o excesso de autoridade pode danificar o desenvolvimento individual, pois quem a excerce (aqueles que estão no poder) desejam um comportamento homogêneo por parte da população, onde a escola é o principal instrumento de condicionamento das massas, muitas vezes causando atrofia mental.
Com a obrigatoriedade do ensino veio a idéia de que um país civilizado não pode ter uma população ignorante, pois sem educação não há democracia, exceto de uma forma vazia. Porém, a democracia proposta pelos políticos é apenas um meio de nos levar a fazer o que eles querem, na ilusão de estármos nos satisfazendo.

Fonte: RUSSELL, Bertrand. Liberdade e autoridade no ensino. 1957

Bem gente, concordem ou discordem. Particulamente não assino embaixo de tudo o que está transcrito acima.
Sá Almeida

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

ôpa então kd esse povo?

Então pra mim, propor uma Gestão Democrática na Escola, significa oferecer um espaço de interesse, e respeito as pluralidades e especificidades, de determinada demanda e estar aberto ao diálogo para poder fomentar o papel participativo e atuante de cada cidadão membro dessa teia.

Gláucia